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Na melhor idade
Onco-geriatria é importante para o tratamento do idoso com câncer no país
No Brasil, existem mais de 30 milhões de pessoas acima dos 60 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), este número vai mais que dobrar nas próximas décadas, e em 2050 teremos mais de 70 milhões de idosos no país.
Mas é justamente na melhor idade que as pessoas estão mais propensas a desenvolver um câncer – de todos os tipos da doença, 70% acontecem nesta faixa etária. Mas há uma explicação para isso.
Isso acontece porque, conforme vamos envelhecendo, as nossas células também envelhecem. O sistema de reparação destas células começa a falhar, e aí o câncer pode surgir.
Mas, pessoas idosas podem fazer o tratamento para o câncer normalmente? Sim!
São diversas as novas opções de tratamento, que possibilitam os bons resultados ao paciente. E na Onco-Geriatria alguns cuidados serão necessários para esta conquista.
Hoje não se avalia mais o paciente por sua idade cronológica, e sim por sua idade funcional. Então, se o corpo está propenso a receber o tratamento, ele irá receber.
Quanto antes descobrir o câncer, melhor
Muitos dos sintomas, como fraqueza, anemia, dores e fraturas ósseas são considerados comuns a outras doenças, o que pode confundir não só o paciente, como também o médico.
Mas câncer, como todos sabem, é assunto sério e não se pode perder tempo. Além do clínico geral, é possível que pessoas acima dos 60 anos procurem pelo geriatra ao apresentar os primeiros sintomas. É importante que estes profissionais também fiquem atentos e desconfiem que, sim, pode ser um câncer, e encaminhar para o oncologista.
Qual o melhor tratamento?
O oncologista, em conjunto com o onco-geriatra, são os responsáveis por definir quais as melhores opções terapêuticas. Existem diversos protocolos de quimioterapia, além de radioterapia, cirurgia e transplante de medula óssea. Tudo irá depender do tipo do câncer, das condições do paciente e do estadiamento da doença.
Hoje o tratamento individualizado também é uma realidade. Por meio das terapias-alvo, apenas as células doentes são combatidas, pois os medicamentos são desenhados para bloquear alvos específicos que causam a multiplicação das células malignas.
A imunoterapia é a mais recente descoberta da ciência para o tratamento do câncer. Composta por diferentes medicamentos que são aplicados no paciente de maneira intravenosa (nas veias) ou subcutânea (abaixo da pele), ela geralmente causa menos efeitos colaterais que os tratamentos padrões, e vem beneficiando um número crescente de pessoas.
Transplante de medula óssea após os 50 anos
Para os cânceres do sangue, como a leucemia, linfoma, mieloma múltiplo e síndrome mielodisplásica o transplante de células-tronco hematopoéticas, também chamado por transplante de medula óssea, é opção importante de tratamento. Geralmente indicado apenas quando as primeiras opções terapêuticas não apresentam resultado.
Até pouco tempo atrás este era um procedimento para jovens e pessoas acima dos 50 anos não podiam realizá-lo. Mas isso ficou no passado.
Lembrando que o transplante de medula óssea envolve diversos aspectos, ainda que a idade não seja mais o fator denominador de sua realização. São eles:
1 – A indicação só virá após avaliação. Será fundamental entender o estadiamento da doença e as condições físicas deste paciente.
2 – Se o transplante ideal for o alogênico será necessário encontrar um doador compatível na família e/ou no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Além disso, o pré e pós transplante exigem cuidados muito rigorosos, já que o paciente fica imunossuprimido e por isso mais propenso a infecções. Tudo isso será observado.
3 – No Brasil, nem todos os centros de tratamento estão preparados para realizar este procedimento, e isso com certeza deve ser levado em conta.
A qualidade de vida não deve ser deixada de lado – JAMAIS!
Realizar atividades físicas, como caminhadas leves e natação, pode ajudar a controlar o estresse e a ansiedade, muito comuns aos pacientes com câncer.
A boa alimentação também influencia bastante no tratamento, e ajuda a controlar os efeitos colaterais causados por algumas terapias. Veja se em seu centro de tratamento há um nutricionista que pode te ajudar a balancear sua dieta.
A boa alimentação é prioridade no tratamento do câncer, precisamos fortificar nosso organismo para enfrentar os efeitos colaterais dos combo para certas terapias, e assim consigo reagir bem a cada aplicação,cuidando da alimentação evitando todo tipo de industrializados,procurando consumir uma alimentação mais natural possível.