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Bussulfano em falta?

Medicamento utilizado no pré-TMO pode ser descontinuado no Brasil

Nas últimas semanas, a possibilidade da falta do bussulfano foi pauta em diversos veículos de comunicação. Isso porque milhares de pacientes com cânceres do sangue dependem deste medicamento para sobreviver e o único fabricante/distribuidor para o Brasil anunciou sua descontinuação. Nesta matéria, vamos explicar tudo sobre o assunto.

Bussulfano: qual a indicação?

Este medicamento é utilizado em pacientes com cânceres como leucemias, linfomas e mieloma múltiplo que receberam a indicação para o transplante de medula óssea (TMO). Ele está disponível tanto no sistema público de saúde, quanto no privado.

Para os adultos, ele pode ser utilizado juntamente com a ciclofosfamida, fludarabina e melfalano. Já em crianças, a combinação pode ser feita com ciclofosfamida ou melfalano.

O bussulfano é administrado via intravenosa. Ele deve ser aplicado antes do TMO, com o objetivo de preparar a medula óssea, eliminando as células doentes (cancerígenas).

Geralmente, ele é mais utilizado nos transplantes alogênicos, ou seja, quando precisa de um doador HLA compatível, seja este da família ou de um banco de doadores. Entretanto, é possível que para algumas situações, o medicamento seja também indicado nos transplantes autólogos.

Sem o bussulfano, sem TMO

Não há um substituto para o bussulfano, no país. Por isso, se o medicamento for descontinuado, ou ficar em falta, todos os pacientes que estão na fila por um TMO serão prejudicados. Para ter uma noção do tamanho do problema, em 2019 foram realizados no Brasil 3.805 transplantes de medula óssea em adultos, e 534 em crianças. Hoje, cerca de 5 mil pessoas esperam por este procedimento.

O que dizem as autoridades

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) diz saber a importância do medicamento e vem estudando ações e medidas que possam favorecer o acesso a produtos similares. Já o Ministério da Saúde informa não ter sido notificado a respeito desta decisão, mas declarou que o INCA (Instituto Nacional do Câncer) só tem estoques para apenas três meses.

Por este motivo, organizações como a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) já se manifestaram a respeito. Foi escrito um ofício, o qual já foi enviado para a Anvisa em dezembro de 2020.

Médicos e pacientes estão nesta luta juntos. Com o bussulfano podemos salvar vidas de muitas pessoas. Por isso, não vamos desistir!

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