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Posso tomar a vacina da gripe e a vacina contra covid-19, juntas?
Saiba qual a melhor maneira de se proteger contra ambos os vírus
O inverno sempre foi lembrado como o mês mais propício para o desenvolvimento da gripe. Isso porque, com as baixas temperaturas, as pessoas passam a ficar em locais mais fechados e os vírus mais “fortes”, proliferando-se mais facilmente. E na pandemia, isso não mudou. Então você deve estar se perguntando: posso tomar a vacina da gripe e a vacina contra covid-19, juntas? Explicamos tudo nesta matéria.
Gripe x COVID-19
Antes de tudo, é importante deixar claro que, embora ambos sejam vírus e apresentem sintomas parecidos, gripe e COVID-19 são doenças bem diferentes.
A gripe é causada pelo vírus Influenza e por qualquer um de seus subtipos. E apenas por ele. Quando o indivíduo está gripado, pode apresentar cansaço, além de febre alta, dor de cabeça e garganta, tosse e congestão nasal.
Já a COVID-19 vem do novo coronavírus, o Sars-CoV-2, e pode causar doenças respiratórias, com sintomas como falta de ar, febre e tosse. Sua propagação é também muito mais veloz que a da gripe, além de ter uma gravidade maior para toda população, em especial aos pacientes oncológicos, que fazem parte do grupo de risco.
Como funciona a vacina contra a gripe
Ela é feita por meio de vírus inativado, com base na proteína do ovo. E é justamente por isso que, diferente da vacina da febre amarela, está LIBERADA aos pacientes com câncer.
Durante o tratamento, é recomendado que ela seja aplicada entre os ciclos de quimio, para que o paciente apresente uma melhor resposta. E podem ficar tranquilos, porque diferente do que muitos falam, esta vacina não causa gripe.
A vacinação protege por cerca de 8 meses o paciente da gripe, mas é importante ter em mente que os vírus sofrem mutações em sua estrutura a cada ano. Então, todos os anos a Organização Mundial de Saúde (OMS) realiza um rastreamento dos vírus que estão circulando no hemisfério norte e no hemisfério sul, e criam uma vacina específica. Por isso, é importante se vacinar todos os anos.
Como funciona a vacina contra a COVID-19
Atualmente, são quatro as vacinas aplicadas no Brasil, que protegem a população de contrair o tipo mais grave da doença:
- Coronavac (Sinuvac e Instituto Butantã) – Ela utiliza o próprio o vírus SARS-CoV-2 inativado para gerar a imunização. Após ser isolado em laboratório, o vírus passa por um processo de multiplicação, seguido pela inativação. Com isso, o microrganismo perde a capacidade de causar infecção. São necessárias duas doses, para a efetividade completa.
- Covishield – Feita em parceria com a AstraZeneca, Oxford e Fiocruz, ela é feita a partir de um vírus geneticamente alterado. Os cientistas usam um tipo de vírus do resfriado, que costumava infectar chimpanzés, e adicionam a ele um pedaço do código do novo coronavírus. São necessárias duas doses, com intervalo de dois meses entre elas.
- Pfizer – Esta vacina usa parte do código genético do novo coronavírus e seu objetivo é ensinar as células do corpo a encontrar uma “proteína de pico”, presente na superfície do SARS-CoV-2. Dessa maneira, o organismo desencadeia uma resposta imunológica e forma anticorpos que irão combater a doença. Deve ser aplicada em duas doses, com um intervalo de 21 dias.
- Janssen – Este imunizante utiliza a tecnologia de vetor viral, um vírus enfraquecido que transporta os genes virais para dentro das células, estimulando a resposta imunológica. Diferente dos demais, com apenas uma única dose, a pessoa fica protegida contra o tipo mais grave da COVID-19
Importante! Mesmo depois de imunizado, é importante dar continuidade aos cuidados em saúde, com uso de máscara, lavagem das mãos, além de evitar locais com aglomerações.
Posso tomar a vacina da gripe e da COVID-19 ao mesmo tempo?
De acordo com o Ministério da Saúde, NÃO! Por ser um vírus muito recente, ainda não há estudos com a utilização de ambos os imunizantes juntos, então o ideal é que as pessoas cumpram um intervalo de 14 dias, entre as vacinações.
E qual vacina tomar primeiro?
Como vimos, o vírus da COVID-19 se espalha mais facilmente e também apresenta uma maior gravidade, em especial aos pacientes oncológicos. Por isso, as autoridades em saúde aconselham a população receber o imunizante contra o novo coronavírus primeiro.
É fundamental salientar que todas estas vacinas têm eficácia e segurança comprovadas. E estão liberadas para os pacientes com câncer – em tratamento ou em remissão.
E você, já tomou ambas as vacinas? Deixe seu comentário!
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