Aliada ao tratamento, traz qualidade de vida e melhores resultados clínicos O mieloma múltiplo é um tipo de câncer que…
Ansiedade e câncer andam juntos?
Saiba quando desconfiar que uma crise de ansiedade está acontecendo
Quem nunca se sentiu ansioso, que atire a primeira pedra. A entrega de um trabalho na faculdade, uma entrevista de emprego, fazer uma apresentação na frente de muitas pessoas são algumas ocasiões que podem gerar um “friozinho” na barriga. O diagnóstico de uma neoplasia maligna também. Será que ansiedade e câncer andam juntos?
Bem, primeiramente é importante entender o conceito de ansiedade. A ansiedade, em si, pode acontecer com qualquer pessoa, em diferentes momentos da vida. Ela surge quando o corpo está em sinal de alerta diante de algum perigo. Então por isso é possível que a pessoa apresente, a depender da situação que irá enfrentar, desconforto, apreensão, tensão, mãos geladas e molhadas.
Agora, quando estes sentimentos surgem sem nenhum motivo, durante momentos antes considerados bastante comuns, e de forma constante, pode caracterizar um transtorno de ansiedade/crise de ansiedade. E, neste caso, além dos sintomas já mencionados, a pessoa também pode ter:
- Enjoo
- Falta de ar
- Perda de apetite
- Insônia
- Tontura
- Sudorese
- Fadiga
- Dor de estômago
- Batimento cardíaco acelerado
- Problemas para sair de casa/socializar
Qual a relação da ansiedade com o câncer?
Ser diagnosticado com câncer gera diversas emoções no paciente e em todos que estão a sua volta. Além de ser um processo ainda desconhecido, a doença carrega diferentes tabus, como a dificuldade em alcançar a cura e até mesmo a associação com a morte.
O paciente oncológico pode ter ansiedade exacerbada por conta do tratamento que irá fazer (se envolve agulha, se vai doer, se os efeitos colaterais serão muito fortes); por medo da mudança no corpo, como perder o cabelo ou precisar fazer uma cirurgia que deixe marcas; por achar que irá perder o controle de sua vida, que será abandonado por quem tanto gosta. Mesmo após passar por toda essa jornada, a ansiedade também pode aparecer por conta dos exames de rotina, pelo medo em a doença voltar.
São inúmeras as possibilidades que podem gerar o sentimento de angústia nas pessoas que tem um câncer. E é fundamental que recebam atenção adequada. Afinal, o bem-estar mental durante os protocolos terapêuticos também terá grande influência na conquista dos bons resultados clínicos.
Ansiedade e depressão podem estar associadas
Muitos confundem e acabam achando que ansiedade e depressão são a mesma coisa. Mas, na verdade, são doenças psíquicas diferentes, mas que podem estar associadas.
Como vimos, a ansiedade está ligada com a proteção que o cérebro manda para o corpo em momentos de perigo. A depressão, por sua vez, é caracterizada pela perda de interesse nas atividades, que também pode estar acompanhada de tristeza, o que prejudica significativamente o dia a dia. E um ponto crucial: depressão e ansiedade não são frescura e precisam, em muitos casos, de tratamento!
Uma pessoa que passa a ter crises de ansiedade muito prolongadas pode ficar deprimida. Assim como uma pessoa deprimida pode, também, ter a ansiedade. Mas não necessariamente ambas acontecerão juntas.
Quando procurar ajuda?
Contar com o apoio de um profissional da Psicologia e/ou Psiquiatria é importante desde o primeiro sintoma da ansiedade. Isso porque, com o auxílio correto, o paciente receberá informações sobre seu quadro e aprenderá técnicas sobre como lidar com os sentimentos que surgem repentinamente. E, nos casos mais graves, é possível também contar com o auxílio de medicamentos.
Inclusive, para os pacientes com câncer, hoje já existem psicólogos(as) especializados em Oncologia, o que ajudará a entender as questões que são próprias da doença.
Se você é paciente e está precisando de ajuda, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) oferece apoio psicológico gratuito a pacientes onco-hematológicos e seus familiares. Fale com a equipe da organização pelo (11) 3149-5190 ou [email protected]
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