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Quando o câncer surge em uma criança

Leucemias e linfomas estão entre os tipos mais comuns da doença durante a infância

O câncer está bastante ligado com o avanço da idade, por conta do envelhecimento das células e dos hábitos que adotamos durante a vida, como fumar, beber, sedentarismo e má alimentação. Mas não são só os adultos que recebem o diagnóstico da doença. Somente em 2020, mais de 8 mil crianças descobrirão ter um câncer, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer.

O câncer infantil está entre as principais causas de morte na faixa etária entre 0 a 18 anos. Preocupante né? Mas a boa notícia é que, quando diagnosticado no início, a maior parte dos casos pode ser curada.

O que é o câncer infantil?

Ainda não se sabe o real motivo para o surgimento da doença, mas pesquisas nacionais e internacionais já detectaram que ele acontece a partir de células embrionárias. Ou seja, células ainda imaturas, que não conseguem  se desenvolver de maneira correta. A partir deste “erro genético”, é possível que crianças e adolescentes desenvolvam diferentes tipos de câncer.

Tipos de câncer pediátrico – Leucemias lideram

São diferentes os tipos de câncer que uma criança pode desenvolver, dentre eles estão os tumores ósseos, neuroblastoma, tumores no sistema central. Mas as leucemias lideram este ranking.

A leucemia linfoide aguda (LLA) é a mais comum nesta faixa etária. Mas a leucemia mieloide aguda (LMA) e a leucemia mieloide crônica (LMC) também podem acontecer – esta última, menos comum.

As três se desenvolvem na medula óssea, após uma falha celular. As leucemias agudas são as mais comuns, porque, como vimos, as células embrionárias ou células imaturas são as que mais podem “falhar” durante a infância. Porém, de 2% a 3% da população infantil pode apresentar a LMC, quando os glóbulos brancos (células de defesa do organismo) já maduros passam a se proliferar de maneira incorreta.

Linfomas também entram na lista

Os linfomas têm origem no sistema linfático, quando alguns tipos de glóbulos brancos passam a se desenvolver de maneira errada e não conseguem mais proteger o organismo contra invasores. Nas crianças, eles são a terceira neoplasia mais frequente.

São dois os principais tipos da doença:

Linfoma não-Hodgkin – No público infanto-juvenil, o LNH está relacionado ao aumento do número de crianças infectadas pelo vírus HIV. Pacientes submetidos a transplantes de órgãos sólidos ou medula óssea têm um risco de 30 a 50 vezes maior de desenvolver a doença. Dentre os subtipos mais comuns estão: linfoma de Burkitt, linfoma linfoblástico (30% dos LNH pediátricos, com infiltração da medula óssea em até 48% dos casos) e linfoma de grandes células, que representam 20 a 25% dos casos.

Diferente dos adultos, na maior parte dos casos o LNH da criança tem crescimento rápido, de curso agressivo. O tratamento precisa ser imediato.

Linfoma de Hodgkin – O LH representa 7% das neoplasias malignas da infância. É raro abaixo dos 2 anos e mais comum a partir dos 11 anos de idade. Seu pico acontece na faixa etária de 15 a 30 anos. Seu crescimento é lento e, na maior parte dos casos, os meninos são quem recebem mais o diagnóstico.

Sintomas do câncer infantil – Fique atento!

As brincadeiras são a melhor parte do dia para as crianças e, muitas vezes, durante a diversão elas podem acabar se machucando e apresentar marquinhas e até mesmo dores pelo corpo. Algumas podem fazer a famosa “manha” para chamar atenção ou ganhar aquele brinquedo do sonhos. Mas você, adulto, precisa saber distinguir tais reações de um sintoma de câncer! Afinal, para melhores resultados no tratamento, o diagnóstico precisa ser precoce e ágil.

Dentre os principais sinais de câncer infantil estão:

  • Palidez
  • Manchas roxas
  • Dor nas pernas
  • Caroços e inchaços indolores pelo corpo
  • Perda de peso inexplicável
  • Inchaço na barriga
  • Alterações nos olhos
  • Dor de cabeça
  • Fadiga, tontura e sonolência
  • Sangramentos pela boca ou nariz

Se perceber estes sintomas, procure por um médico especialista em câncer, como o onco-hematologista!

Tratamento para o câncer pediátrico

A maior parte dos cânceres nas crianças têm tratamento e com bons resultados. Para as leucemias e os linfomas serão usados protocolos de quimioterapia. A radioterapia também pode ser indicada. No caso da leucemia mieloide crônica Ph+, o tratamento será realizado por meio do Imatinibe, medicamento oral, inibidor da tirosina quinase, proteína responsável por causar o gene defeituoso BCR-ABL.

Atualmente, o transplante de medula óssea é menos frequente nesta população, já que com os primeiros tratamentos as crianças apresentam respostas positivas.

De acordo com dados do GRAAC, as taxas de cura para a LLA chegam a 83%, para o LH a 89% e para o LNH a 71%.

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