Conheça a especialidade que cuida dos cânceres hematológicos, como a leucemia e o linfoma Os cânceres do sangue, como leucemias,…
Fevereiro Laranja, mês da conscientização sobre as leucemias
Se você é paciente ou acabou de receber um diagnóstico deste tipo de câncer, saiba que é possível alcançar a cura
Estamos em pleno Fevereiro Laranja, mês da conscientização sobre a leucemia. De acordo com os dados lançados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente este ano, 10.810 novos casos da doença serão diagnosticados.
A leucemia não escolhe sexo, classe social ou idade. Qualquer pessoa pode receber o diagnóstico, por isso é importante ficar atento às mudanças do corpo.
O que é leucemia
Tipo de câncer que tem início na medula óssea, a leucemia acontece por conta de mudanças genéticas nas células de defesa do organismo, os glóbulos brancos. Estas células podem ser divididas em mieloides e linfoides, o que já cria uma “separação’ entre as leucemias. Outro ponto importante é que a leucemia pode ser crônica (de evolução mais lenta) e aguda (de evolução mais rápida).
Assim, os principais tipos de leucemias são:
- Leucemia mieloide aguda (LMA)
- Leucemia mieloide crônica (LMC)
- Leucemia linfoide aguda (LLA)
- Leucemia linfoide crônica (LLC)
Leucemias agudas
Como vimos, este tipo da doença tem uma evolução rápida e pode, a depender do caso, apresentar-se de forma agressiva. Sua principal característica é a existência predominante de células-tronco imaturas com defeitos (que não conseguiram amadurecer e transformar-se em outras células) na medula óssea, também conhecidas por blastos anômalos.
A LLA é o tipo de leucemia mais comum em crianças e costuma responder muito bem ao tratamento. Para se ter uma ideia, cerca de 90% dos casos pode chegar à remissão completa. Já em adultos, este tipo da doença pode ser um pouco mais agressiva, mas com os avanços da ciência, também é possível tratar e obter bons resultados.
A LMA, por sua vez, pode ser dividida em diversos subtipos, por conta de suas inúmeras alterações genéticas. Em adultos, os resultados no tratamento são promissores. Nas crianças, ela pode ser um pouco mais complicada, mas há possibilidade de remissão.
Como tratamentos é possível usar a quimioterapia, imunoterapia e também o transplante de medula óssea.
Leucemias crônicas
Já nas leucemias crônicas, as células-tronco até conseguem passar pelo processo de maturação, mas por conta de um erro genético, elas começam a se reproduzir de maneira descontrolada na medula óssea.
A LMC Ph+ é hoje um dos tipos de cânceres com melhores respostas ao tratamento. Por meio de inibidores da tirosina quinase, a maior parte dos pacientes entram em remissão total da doença.
Já a LLC carrega uma curiosidade: nem todos os pacientes precisam de tratamento na fase inicial. Sim é isso mesmo que você está lendo. Embora seja considerada um câncer, em muitos casos ela não representa um perigo à saúde. Por isso, apenas o acompanhamento médico pode ser indicado. Quando o tratamento passa a ser opção, quimioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea podem ser indicados.
Quais os sintomas da leucemia? A importância do diagnóstico precoce
Descobrir a leucemia logo no início é fundamental para que o paciente possa ter mais chances de apresentar melhores resultados no tratamento. Mas para isso é muito importante ficar atento aos sintomas da leucemia. Hematomas, sangramentos, dores ósseas e emagrecimento sem motivo aparente são alguns deles. A lista completa você pode ver aqui.
É importante mencionar que um simples hemograma pode já mostrar as alterações celulares. Mas somente o onco-hematologista, especialista em leucemias, é quem fará o diagnóstico.
Leucemia tem cura! Novidades nos tratamentos
Os avanços da ciência não param e isso, definitivamente, é uma boa notícia! O CAR-T Cell chega como uma grande promessa de tratamento para leucemia, como a LLA de células B em pacientes com até 25 anos e que já tiveram uma recidiva.
No ASH 2020, maior evento de inovações em tratamentos para cânceres do sangue, foram apresentadas novas combinações de drogas para pacientes que apresentam maior fragilidade às opções existentes, como o uso da Azacitidina, Decitabina, Venetoclax, Midostaurin e Ivodinesib, além de focar na individualização, com as terapias alvo. A ideia é cada vez mais olhar para as particularidades de cada indivíduo, ao invés de seguir uma única padronização.
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