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Cirurgia não é opção de tratamento para linfomas!

Retirar os linfonodos aumentados não trará resultados terapêuticos ao paciente

Os linfomas têm como principal característica o aumento dos gânglios linfático (linfonodos), em diferentes partes do corpo. Pescoço, axila e virilha são as mais comumente afetadas, mas é possível que o paciente também apresente nódulos no tórax, pele. Estes “caroços” podem ficar bem grandes, a depender do estadiamento da doença, mas a cirurgia não é opção de tratamento para linfomas!

Entenda os linfomas

Antes de abordarmos as terapêuticas usadas no combate aos linfomas, é importante entender o que eles, de fato, são.

Pelo sistema linfático, trafegam os linfócitos, tipo de glóbulos brancos responsáveis por defender nosso organismo contra vírus, bactérias, dentre outros perigos. Este tipo de câncer acontece quando estas células passam a apresentar um defeito genético, e começam a se reproduzir de maneira descontrolada, tornando-se malignas.

Os linfomas são divididos em: linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH). A principal diferença entre eles são as células doentes. O LH é caracterizado pela presença de células grandes e facilmente identificáveis no linfonodo acometido. Elas são conhecidas como células de Reed-Sternberg. Já o LNH não tem um tipo celular característico.

Também é importante mencionar que o linfoma pode ser agressivo, precisando de tratamento com urgência, e indolente, quando tem uma evolução lenta e o uso de medicamentos pode não ser a primeira indicação médica.

Além dos gânglios aumentados, os sintomas do linfoma também incluem:

  • Sudorese noturna
  • Falta de ar e tosse
  • Coceira na pele
  • Perda de peso, sem motivo aparente
  • Cansaço

Cirurgia no linfoma? NÃO!

Como vimos, os gânglios aumentados em diferentes partes do corpo são sintomas comuns a ambos os tipos de linfomas. E eles podem, sim, ficar bem grandes. Neste momento, você pode se perguntar: se eu fizer uma cirurgia e retirar todos eles, ficarei livre do linfoma, certo?

A resposta é não! Diferentes dos tumores sólidos, em que as células cancerígenas encontram-se localizadas no nódulo em si, e que podem se espalhar por demais órgãos (metástase), no linfoma não é assim que acontece.

Este câncer do sistema linfático e acomete os glóbulos brancos (linfócitos), que estão por todo o corpo. Os gânglios aumentados são uma reação da doença, e não a doença em si. Por isso, de nada adianta removê-los em um processo cirúrgico. O paciente será exposto a um procedimento invasivo e que não trará resultado algum.

Por isso é muito importante que o tratamento seja realizado com um onco-hematologista, médico especialista nos cânceres das células sanguíneas.

Então, a cirurgia nunca é indicada para os linfomas?

Para tratar os linfomas, não! Ou seja, não é possível “operar o linfoma”. A cirurgia só será indicada no momento da biópsia, quando um pedacinho do linfonodo aumentado será retirado para confirmar se o paciente tem mesmo este tipo de câncer e, se sim, qual o seu subtipo. O procedimento cirúrgico no linfoma também poderá ser indicado para intercorrências decorrentes do tratamento.

Tratamento do linfoma

O avanço na ciência é imenso e hoje existem diferentes tipos de tratamentos para o linfoma. O principal deles é a quimioterapia, quando diferentes medicamentos são utilizados para combater os glóbulos brancos doentes. A radioterapia também pode ser utilizada, em combinação com a quimio.

Outra opção terapêutica bastante eficiente é a imunoterapia, quando medicamentos conhecidos por anticorpos monoclonais irão estimular o próprio organismo do paciente a identificar as células doentes do linfoma e atacá-las.

Nos pacientes recidivados e/ou que não respondem à primeira linha de tratamento, ainda há também a possibilidade de fazer um transplante de medula óssea autólogo, no qual as próprias células do paciente serão tratadas e depois reinfundidas no corpo.

Importante! A partir do uso destes tratamentos, quando o paciente começar a apresentar respostas imunológicas, os linfonodos aumentados irão diminuir/desaparecer.

Se você é paciente de linfoma, compartilhe conosco sua história! #AgostoVerdeClaro

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