#OutubroRosa conscientiza sobre prevenção e a importância do diagnóstico precoce. Mulheres com cânceres hematológicos também precisam ficar atentas! O câncer…
Síndrome mielodisplásica: entenda sintomas, diagnóstico e tratamentos
Conheça esse tipo de câncer do sangue, que pode evoluir para uma leucemia aguda
A síndrome mielodisplásica (SMD) é um grupo de distúrbios hematológicos completos que afetam a produção de células sanguíneas na medula óssea. Esse tipo de câncer, embora menos conhecido que outras doenças do sangue, acontece com maior frequência em adultos, a partir dos 65 anos de idade, mas pode ocorrer em crianças também. A SMD é câncer, tem tratamento, mas o diagnóstico precoce e correto é essencial.
O que é a síndrome mielodisplásica?
A síndrome mielodisplásica, ou também chamada de mielodisplasia, é caracterizada pela produção anormal de células sanguíneas na medula óssea, resultando em contagens de células do sangue inadequadas. As células afetadas podem ser anormais, não se desenvolvendo completamente ou morrendo antes de amadurecer. Isso pode levar à anemia, infecções frequentes e tendência a sangramentos.
Em alguns casos a SMD pode se transformar em leucemia mieloide aguda (LMA) em decorrência de mutações genéticas que levam a um dano muito importante na célula-tronco. Inclusive, estudos demonstram que saber identificar tais alterações nos genes é passo essencial para um diagnóstico mais preciso e tratamento assertivo.
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Sintomas e diagnóstico
Os sintomas da SMD podem variar, mas frequentemente incluem cansaço extremo (fadiga), fraqueza, palidez, febres recorrentes, hematomas sem motivo aparente e sangramentos espontâneos
O diagnóstico envolve a combinação de análises de sangue, a partir do hemograma; biópsia da medula óssea, com a retirada de um pequeno fragmento do osso da bacia ou de sangue desta mesma região; e testes biológicos que vão ajudar a detectar a doença.
Mielodisplasia primária e secundária
Esse câncer pode ser dividido nestes dois grupos. A SMD primária é aquela que não se sabe os motivos pelo qual as células-tronco sofreram modificações genéticas. Ela corresponde a maior parte dos casos. Já na secundária, o paciente passou por um tratamento, como quimioterapia ou radiação por exemplo, porém acaba desenvolvendo a doença justamente por este motivo.
Tratamentos para síndrome mielodisplásica
Para os pacientes de baixo risco, na maior parte dos casos não será necessário realizar um tratamento e sim um acompanhamento médico. Porém, é possível que, às vezes, seja indicado um medicamento para estimular a produção de células na medula óssea, como a eritropoietina (que ajuda a subir os glóbulos vermelhos) ou o filgrastim (que ajuda a subir os glóbulos brancos). Entretanto, para aqueles pacientes que apresentam anemia, pode ser necessária a transfusão de sangue (hemácias ou plaquetas).
Agora, para os pacientes de alto risco, o tratamento será de extrema importância. Quimioterapia e terapias biológicas, como Azacititina, Decitabina e Lenalidomida podem ser indicadas. O transplante de medula óssea (TMO) do tipo alogênico, quando é necessário um doador compatível, é a única opção curativa.
Um novo medicamento para tratar a SMD, aprovado recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o luspatercept. Sua indicação é para pacientes adultos com anemia dependente de transfusão sanguínea, com mielodisplasia de risco maico a intermediário e que não respondam aos medicamentos que estimulam a produção de células sanguíneas.
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