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Neuropatia periférica no mieloma múltiplo

Um efeito silencioso que transforma a rotina dos pacientes

Entre os diversos desafios enfrentados na jornada oncológica, a neuropatia periférica no mieloma múltiplo ocupa um lugar de destaque. Embora muitas vezes negligenciada nas conversas iniciais sobre a doença, ela é uma das complicações que mais afetam a vida cotidiana, interferindo na mobilidade, no sono, no humor e até na autonomia de tarefas simples.

Nos últimos anos, especialistas têm reforçado a importância de olhar para a neuropatia não apenas como um efeito colateral esperado, mas como um problema que precisa ser identificado cedo e acompanhado de perto.

Quando o mieloma afeta além da medula óssea

O mieloma múltiplo é reconhecido como um câncer das células plasmáticas, mas seus impactos vão além da medula.

Em alguns pacientes, a própria doença já chega acompanhada de sinais de lesão nos nervos: dormência, formigamentos persistentes ou perda de sensibilidade nos pés e nas mãos. Esses sintomas podem estar relacionados a fatores como elevada produção da proteína M ou infiltração de estruturas nervosas.

Para o paciente recém-diagnosticado, esses sinais muitas vezes se misturam a outras queixas e acabam normalizados. No entanto, especialistas alertam: quanto antes a neuropatia for reconhecida, maiores são as chances de evitar danos mais profundos.

Tratamentos também têm ligação com a neuropatia

Com o avanço das terapias para o mieloma múltiplo, pacientes têm acesso a medicamentos cada vez mais eficazes. Mas algumas dessas drogas, como talidomida e bortezomibe, são conhecidas pela possibilidade de causar ou agravar neuropatia periférica.

Embora versões mais modernas desses medicamentos tragam taxas menores de efeitos neurológicos, o risco ainda existe, especialmente quando usados por longos períodos.

Sentir dormência ou queimação não deve ser considerado normal. Ajustes de dose, mudanças de tratamento e fisioterapia precoce podem evitar que o quadro evolua para formas incapacitantes.

O impacto da neuropatia periférica no dia a dia

Para muitos pacientes, a neuropatia periférica começa de forma discreta. Aos poucos, tarefas como calçar os sapatos, sentir a textura do chão ou abotoar uma blusa se tornam mais difíceis. Em estágios mais avançados, surgem quedas, dores intensas, perda de equilíbrio e limitações que atingem diretamente a independência.

Esse conjunto de dificuldades gera consequências emocionais importantes: frustração, medo de piora, insegurança diante do futuro e receio de adaptar o tratamento. A vida social e familiar também passa por ajustes, tornando o suporte multidisciplinar (físico, psicológico e social) ainda mais essencial.

Controlar o mieloma múltiplo é essencial, mas manter a qualidade de vida é igualmente importante. Hoje, cada vez mais equipes médicas incorporam a avaliação neurológica como parte da rotina, buscando tratamentos que unam eficácia e preservação funcional.

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